História da pedagogia



Numa definição sintética, Pedagogia, palavra oriunda do grego (paidagogia), é a teoria e ciência da educação e a arte de ensinar.

A Pedagogia compreende um conjunto de doutrinas, princípios e métodos de educação baseados no estudo de idéias de determinada concepção de vida (filosofia), e no aprofundamento de algumas ciências humanas (psicologia, sociologia etc).

A Pedagogia tende portanto, para um objetivo prático definido, através de meios (processos e técnicas de ensino) eficientes para alcançá-los.

Surgida no século XVII, a Pedagogia teve como um dos principais iniciadores, o monge João Comênio (Amós Comenius). Intuíram esse mestre que a criança em primeiro lugar e o estudante em geral, merecem cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem mais produtiva e deleitosa, devido à imaturidade de recursos racionais e da inexperiência da idade. Essa descoberta revolucionária valeu ao insigne mestre o título de "Pai da Pedagogia".

Desde então, o ensino transformou-se paulatinamente, retro-alimentado por novas propostas educativas iluminadas, em destaque a do francês Jean Jacques Rousseau no século XVIII, de seus seguidores e de inúmeros educadores mais próximos de nós amparados pelo desabrochar da Psicologia que confirmou os acertos dos mestres inovadores.

Os métodos de ensino sucederam-se uns aos outros, sempre no intuito de apresentar ao aluno uma aprendizagem de acordo com a sua faixa etária. No decorrer do tempo, a Pedagogia, com seus objetivos e currículo pertinentes florescia, sempre direcionada à eficiência e eficácia do ensino, tomando por fim forma de curso, emancipando-se na Europa e nos Estados Unidos.

No Brasil (1.931), aportou no Rio de Janeiro e hoje campeia por toda parte. Rendeu dias de glória ao Pedagogo e Professor, considerados pelo seu ministério, cercado de respeito e gratidão, reconhecido pela dignidade do seu papel social nesta imensa Nação.

Da otimização da formação do Pedagogo dependeram esses fatos. Depende dela ainda a excelência da educação de um povo desde o momento da aquisição de seus conhecimentos iniciais, da continuidade deles, e certamente quando se busca orientação segura para uma profissão ou, senão isso, ao menos para absorção de visão de mundo que lhe permita viver melhor e ser feliz.

Todavia, o Pedagogo perdeu as prerrogativas originais de reconhecimento da sociedade decorrida do seu trabalho. Constata-se facilmente essa realidade quando se analisa as suas consecutivas perdas econômicas e perspectivas profissionais atuais.

Ele que tem nas mãos a infância e a juventude de um país, quando se trata da instrução escolar escalonada e sedimentada, e que tem também, diante da impossibilidade de dissociar-se ensino e educação, a responsabilidade em segunda instância (já que em primeira é dever da família que não raro, incapaz de ministrá-las todas mas, felizmente consciente dessa falha, delega-lhe plenamente essa tarefa), pelas bases educacionais, sociais, políticas, morais e éticas.

É altíssima a contribuição do Pedagogo na geração da grandeza de uma Nação pelos efeitos que ela produz, e que é identificável pela atuação social de seu ex-alunado emancipado, maduro e responsável.

Por essa razão, é sumamente necessário que se lhe impute educação atualizada, larga e profunda e se lhe propicie ao lado dela, uma excelente experiência vivida em estágio, para que, no exercício definitivo de sua função, em qualquer nível em que ele ocorra, esteja sempre atuando no limiar da perfeição.

Um estágio realmente eficiente, além de exercitá-lo para sua nobre missão, lhe dará oportunidade para avaliar suas próprias capacidades e habilidades para tarefa de tão alta responsabilidade.

Não é isso que ocorre com profissionais outros? E por que ao Pedagogo que trabalha pela vida plena de um futuro cidadão, nem sempre é dado o pleno direito de conhecer o que é tanger freqüentemente a realidade para a qual se prepara?

Quanto ao curso de Pedagogia, há premência que acompanhe "pari passu" a modernidade. Que outros caminhos o Pedagogo pode trilhar para tornar-se útil à Nação e realizar-se como ser humano, além daqueles circunscritos às paredes da escola?

Faz-se urgente, pesquisar e analisar a proposta de novos locais de trabalho: a empresa, o hospital, o turismo, o tecnologia. Nesses contextos o Pedagogo, utilizando e direcionando seus conhecimentos técnicos e científicos será certamente de grande valia e verá ampliado seu campo profissional. O desvio de função e o desemprego tornar-se-ão coisas do passado.

Os fenômenos sociais solicitam essas mudanças e a história da Pedagogia já não pode permanecer parada nos umbrais da escola. Ela deve prosseguir para onde o ser humano é objeto de mudança educacional ou ocupacional. Se existem Pedagogos desempregados ou sob o jugo do desvio de função de um lado, e do outro, a sociedade apresentando indicadores de absorção desse profissional, existe uma evolução a ser empreendida nos currículos dessa profissão para capacitar o pedagogo para um tipo de formação nessa direção, a nível de graduação. Um treinamento que absorva métodos científicos e humanizados, pode configurar a nível social, como aprimoramento do ser humano em toda dimensão, e fonte de satisfação geral.



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Franco Cambi, famoso pedagogo italiano, faz aqui uma reconstrução interpretativa geral da história da pedagogia ocidental. O livro aborda um período histórico que vai desde a Antiguidade clássica até o fim da guerra fria. Para cada período, o autor descreve o pensamento educativo hegemônico e suas instituições pedagógicas. Forma de sublinhar o aspecto social da educação, esta prática historiográfica possibilita ao autor tecer considerações a propósito de várias correntes atuais de estudo da escolarização.

Fonte
www.abpe.org.br 

7 comentários:

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  2. Não consigo baixar o livro de Franco Cambi, sobre a história da pedagogia.

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  3. Muito interessante, gostei.

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  4. Gosto tanto pela ajuda

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  5. muito bom o livro! me fez refletir muito sobre a profissao

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