segunda-feira, 13 de maio de 2019

Clássicos da literatura infantil





Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram ou mais simplesmente na linguagem ou nos costumes.
Calvino (1993)


Mesmo depois de décadas ou séculos, algumas histórias não saem de moda e sempre deixam algo com que sonhar e aprender

Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll

Publicada pela primeira vez em 1865, a história das aventuras de Alice já renderam diversas adaptações para o cinema e o teatro. Quase todo mundo conhece o enredo básico do conto: a menina Alice cai numa toca de coelho e acaba num mundo povoado por estranhos e absurdos personagens. Mas que tal experimentar a narrativa original e descobrir o país das maravilhas pelas páginas de Lewis Carrol?

Contos de Grimm – Wilhelm e Jacob Grimm

Com certeza você e seus filhos já conhece algumas das histórias maravilhosas compiladas pelos irmãos alemães, como Rapunzel, João e Maria ou João e o Pé de Feijão. Trabalhando em uma biblioteca, os dois tinham acesso a manuscritos de todo o tipo e começaram a compilar e depurar os textos, adaptando-os para o seu público-alvo. Além das fontes impressas, os irmãos também colheram contos da tradição oral, entrevistando parentes e conhecidos em busca das histórias que hoje embalam nossas fantasias.

Contos de Perrault – Charles Perrault

O francês Perrault pode ser considerado com um dos criadores do gênero que hoje de entende como “contos de fadas”. Nascido em 1628, ele deu tratamento literário às histórias folclóricas e da tradição oral, e por isso é chamado de pai da literatura infantil. Entre os seus contos mais conhecidos estão Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida e o Gato de Botas. Muitos dos contos de Perrault acabaram sendo usados pelos irmãos Grimm em suas publicações.


Fábulas – Monteiro Lobato

O brasileiro Monteiro Lobato apresenta uma série de fábulas, muitas das quais de autoria de fabulistas famosos como Esopo e La Fontaine. As historietas são sempre breves e terminam com um pequeno ensinamento moral. Pode render bons momentos em família e fazer os pequenos refletirem.

O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry

Um piloto perdido no Saara é acordado por um menino de cabelos dourados que lhe pede para desenhar um carneiro. Sim, esse é o começo de um livro que já encantou milhões de pessoas e continua a encantar. A história foi traduzida para mais de 200 línguas e é reconhecida como um clássico da literatura. E não se iluda pensando que é só mais uma história para crianças. Os adultos também têm muito aprender com a leitura.

Reinações de Narizinho – Monteiro Lobato

Publicado em 1931, o livro apresenta aos leitores o mundo do Sítio do Pica-pau Amarelo, local das aventuras da personagem-título. Impossível não se encantar com esse clássico nacional e seus personagens queridos e ao mesmo tempo polêmicos. É um bom livro para ler com os pequenos e depois conversar com eles sobre as atitudes e pensamentos dos personagens.


Listas de Clássicos de Literatura Infantil


Época de ouro dos clássicos infantis”, quando esse gênero se destacou com clareza da literatura para adultos. Surgem várias obras intencionalmente dirigidas para os pequenos:

1. As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Bruxa e o Guarda-roupa (1950) – C. S. Lewis
2. Alice no País das Maravilhas (1865) e Alice do Outro Lado do Espelho – Lewis Carroll
3. A Ilha do Tesouro – Robert Louis Stevenson
4. O Senhor dos Anéis (1954) – J. R. Tolkien
5. O Vento dos Salgueiros (1908) – Kenneth Grahame
6. As Aventuras do Ursinho Puff (1926) – A. A. Milne
7. As Aventuras de Pinóquio (1883) – Carlo Collodi
8. Peter Pan (1906) – James M. Barrie
9. O Mágico de Oz (1900) – L. Frank Baum


Hans Christian Andersen (Dinamarca - 1805-1875)

              Andersen, diferentemente de Perrault e dos irmãos Grimm, não se limitou a recolher e recontar as histórias tradicionais que corriam pela boca do povo, fruto de uma criação secular coletiva e anônima. Ele foi mais além e criou várias histórias novas (mais de 150), seguindo os modelos dos contos tradicionais, mas trazendo sua marca inconfundível – uma visão poética mistura com melancolia. Relação de sua obra:

O Patinho Feio (1843)
Os Sapatos Vermelhos (1845)
O Rouxinol e o Imperador da China (1843)
A Pastora e o Limpador de Chaminés (1845)
Os Cisnes Selvagens (1838)
João Bobo (1855)
O Soldadinho de Chumbo (1838)
A Roupa Nova do Rei (1837)
A Pequena Vendedora de Fósforos (1848)
A Polegarzinha (1835)
O Menino Mau (1835)
O Companheiro de Viagem (1835) – novela
A Sereiazinha (1837) – pequeno romance
As Galochas da Felicidade (1838 – 1850)
A Margarida (1838)
As Cegonhas (1839)
O Guardador de Porcos (1841)
O Anjo (1843)
Namorados (1843)
A Mãe Sabugueiro (1845 – 1849)
A Agulha de Passajar (1845 – 1847)
O Sino (1845 – 1849)
O Monte dos Elfos (1845)
Saltadores (1845)
Holger Danske (1845)
A Sombra (1847)
A Casa Antiga (1848)
História de uma Mãe (1847 – 1848)
O Colarinho Postiço (1847 – 1848)
Pesar (1952)
Tudo no seu devido lugar! (1852) – novela
Em Milênios (1852)
Cinco ervilhas numa viagem (1852 – 1855)
Não prestava para nada (1852 – 1855)
A última pérola (1853)
A Pedra Filosofal (1855) – novela
A Jovem Judia (1855 – 1863)
Sopa de uma ponta de salsicha (1858)
O barrete de noite do moço da pimenta (1858) – pequeno romance
Algo (1858)
A filha do Rei da Lama (1858)
O Príncipe Mau: uma saga (1840 – 1868)
O Vento conta a história de Valdemar Daae e das filhas (1859)
A Jovem que pisou o pão (1859)
Um pedaço de um fio de pérolas (1859)
A Criança na Sepultura (1859)
Uma história das dunas (1859) – novela
O Homem dos Fantoches (1851 – 1868)
Doze na Mala-posta (1861) – alegoria dos doze meses do ano
O Escaravelho (1861) – fábula
A Musa do Novo Século (1861)
A Donzela do Gelo (1861) – romance
Psique (1861) – conto de natureza alegórica
Os Fogos-fátuos estão na cidade (1865)
O Xelim de Prata (1861 – 1865)
O Bispo de Boerglum e seus Parentes (1865)
O Tesouro (1865)
A Tempestade troca as tabuletas (1865)
O Duende e a Madame (1867 – 1868)
Guardado não é esquecido (1866)
Filho de porteiro (1866) – pequeno romance
A Campânula Branca (1862 – 1866)
A Comadre (1866)
O Sapo (1866)
O Livro ilustrado do Padrinho (1868) – romance
A família de Margarida das Galinhas (1869) – romance
A Sorte de estar num Pauzinho (1870 – 1872)
O Cometa (1869 – 1872)
Os dias da semana (1868 – 1872)
Que se pode imaginar (1869)
O bisavô (1870 – 1872)
A grande serpente marinha (1871 – 1872)
O jardineiro e o senhor (1872)
A pulga e o professor (1872)
A chave da porta (1872)
O aleijadinho (1872)
A tia Dor-de-dente (1872)


Monteiro Lobato (1882 – 1948)

José Bento Monteiro Lobato foi personagem extremamente popular no Brasil, entre os anos de 1935 e 1948 - enquanto vivo - e a sua popularidade, principalmente como autor de livros infantis, estendeu-se até boa parte da década de 50.      
            Foi o autor que mais escreveu para crianças em todo o mundo, sendo a sua obra considerada a mais extensa de literatura infantil de que se tem notícia. No período de 1925 a1950, foram vendidos um milhão e meio de exemplares de seus livros. 
            Nesse período de aproximadamente 20 anos pelo menos duas gerações de brasileiros que hoje estão na faixa de 40 a 65 anos, leram a obra infantil de ML, editada aos milhões de exemplares - levando-se em consideração a época em que a mídia mais poderosa era o rádio, e não voltada ao público infantil, não existia televisão e eram poucas as opções de lazer.7
            Lobato também traduziu e adaptou os livros infantis: Contos de Grimm, Novos Contos de Grimm, Contos de Andersen, Novos Contos de Andersen, Alice no País das Maravilhas, Alice no País dos Espelhos, Robinson Crusoé, Contos de Fadas, Robin Hood e Mogli. Sua obra conta com cerca de 30 livros para adultos e mais de 20 livros escritos para as crianças (Sítio do Picapau Amarelo):

1920 – A Menina do Narizinho Arrebitado
1921 - O Saci
1922 - Fábulas
1927 - As aventuras de Hans Staden
1930 - Peter Pan
1931 - Reinações de Narizinho
1932 - Viagem ao céu
1933 - História do mundo para as crianças
1933 - Caçadas de Pedrinho
1934 - Emília no país da gramática
1935 - Aritmética da Emília
1935 - Geografia de Dona Benta
1935 - História das invenções
1936 - Dom Quixote das crianças
1936 - Memórias da Emília
1937 - O poço do Visconde
1937 - Serões de Dona Benta
1937 - Histórias de Tia Nastácia
1939 - O Picapau Amarelo
1939 - O Minotauro
1941 - A reforma da natureza
1942 - A chave do tamanho
1944 - Os doze trabalhos de Hércules
1947 - Histórias diversas


 1. Lista de Clássicos da Literatura Infantil Brasileiros

Lista com os grandes clássicos que fizeram a história da literatura infantil brasileira, sob consultoria da renomada escritora infantil Tatiana Belinky. São títulos que vêm emocionando, divertindo e inspirando várias gerações de leitores. Todos receberam prêmios importantes e são reconhecidos pela crítica especializada:

1. Reinações de Narizinho – Monteiro Lobato
2. A bolsa amarela – Lygia Bojunga
3. Chapeuzinho Amarelo – Chico Buarque
4. A Operação do Tio Onofre - Tatiana Belinky
5. Bisa Bia Bisa Bel – Ana Maria Machado
6. A Arca de Noé – Vinícius de Moraes
7. Lúcia Já-Vou-Indo – Maria Heloísa Penteado
8. O Gênio do Crime - João Carlos Marinho
9. Xisto no Espaço - Lúcia Machado de Almeida
10. Marcelo, Marmelo, Martelo - Ruth Rocha
11. A Bruxinha Atrapalhada - Eva Furnari
12. Uni Duni Tê – Angela Lago
13. O Fantástico Mistério da Feiurinha – Pedro Bandeira
14. Pluft, o Fantasminha - Maria Clara Machado
15. A Fada Que Tinha Ideias – Fernanda Lopes de Ameida
16. A Vida íntima de Laura – Clarice Lispector
17. Ou Isto ou Aquilo – Cecília Meireles
18. O Vovô Fugiu de Casa – Sérgio Caparrelli
19. Tonzeca, O Calhambeque – Camilla Cerqueira Cesar
20. A Vaca Proibida – Edy Lima
21. O Menino Mágico – Rachel de Queiroz
22. Uma ideia toda azul – Marina Colasanti
23. A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda – Sylvia Orthof
24. O Menino Maluquinho – Ziraldo
25. Poemas Para Brincar – José Paulo Paes 


2. Lista da Folha de São Paulo publicada em 14/04/2007 

Elaborada por 17 especialistas. Cada especialista indicou uma lista com dez livros (nacionais ou internacionais) que julgou importante para a formação dos pequenos leitores:


"Alice no País das Maravilhas" - Lewis Carroll 
"Bisa Bia, Bisa Bel" - Ana Maria Machado
"O Bichinho da Maçã” - Ziraldo
"A Bolsa Amarela" - Lygia Bojunga
"Chapeuzinho Amarelo" - Chico Buarque
"O Gênio do Crime" - João Carlos Marinho
"Histórias Maravilhosas de Andersen" - Hans Christian Andersen
"História Meio ao Contrário" -  Ana Maria Machado
"Menina Bonita do Laço de Fita" - Ana Maria Machado
"Ou Isto ou Aquilo" - Cecília Meireles
"O Mágico de Oz" - Lyman Frank Baum
"Reinações de Narizinho" - Monteiro Lobato
"Fábulas" – Monteiro Lobato
"Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias" – Ruth Rocha
"Sua Alteza, a Divinha - Um Conto do Nosso Folclore" – Angela Lago
"O Menino Maluquinho" -Ziraldo
"As Aventuras de Tom Sawyer" - Mark Twain
"A Arca de Noé" - Vinícius de Moraes
"A Fada que Tinha Ideias" - Fernanda Lopes de Almeida
"Exercícios de Ser Criança" - Manoel de Barros
"A Bruxinha Atrapalhada" – Eva Furnari
"Contos de Grimm" - Wilhelm e Jacob Grimm
"Contos de Perrault" - Perrault
"Corda Bamba” - Lygia Bojunga
"De Não em Não” -  Bartolomeu Campos de Queiróz
"Dengos e Carrancas de um Pasto" - Jorge Miguel Marinho
"Diário de um Gato Assassino" - Anne Fine
"Doze Reis e a Menina no Labirinto do Vento" – Marina Colasanti
"Os Doze Trabalhos de Hércules" - Monteiro Lobato
"É Isso Ali" - José Paulo Paes
"Faca Afiada" - Bartolomeu Campos de Queiróz
 "A Flor do Lado de Lá" - Roger Mello
"Histórias de Bobos, Bocós, Burraldos e Trapalhões" - Ricardo Azevedo
"Um Homem no Sótão" - Ricardo Azevedo
"Indez" - Bartolomeu Campos de Queirós
"Indo Não Sei Aonde Buscar Não Sei O Quê" - Angela Lago 
"Lin e o Outro Lado do Bambuzal" - Lúcia Hiratsuka
"A Maior Flor do Mundo" - José Saramago
"Mania de Explicação" - Adriana Falcão
"Memórias da Emília" – Monteiro Lobato
"O Menino que Espiava pra Dentro" - Ana Maria Machado
 "O Menino Quadradinho” -  Ziraldo
"Meninos do Mangue" - Roger Mello
"Meu Livro de Folclore" -  Ricardo Azevedo
"As Mil e Uma Noites - Volumes 1 e 2"
"Os Miseráveis" - Victor Hugo
"A Moça Tecelã" -  Marina Colasanti
"Não Olhe Atrás da Porta" - Lia Neiva
"As Narrativas Preferidas de um Contador de Histórias - Ilan Brenman
"No Olho da Rua" - Georgina Martins
"Nossa Rua Tem um Problema" - De Ricardo Azevedo
"O Olho de Vidro do Meu Avô" - Bartolomeu Campos de Queirós
"Onde Tem Bruxa Tem Fada” -  Bartolomeu Campos Queirós
"Palavras, Palavrinhas e Palavrões" - Ana Maria Machado
"Um Passarinho Me Contou" - José Paulo Paes
"Pé de Pilão" - Mário Quintana
"O Pequeno Nicolau" - René Goscinny
"Pererêêê Pororóóó" - Lenice Gomes
"Peter Pan" - James Barrie
"Poemas para Brincar" - José Paulo Paes
"Poesia Fora da Estante" (volumes 1 e 2) - Vera Aguiar, Sissa Jacoby e Simone Assumpção (org.)
"(O) que os Olhos Não Vêem" - Ruth Rocha
"Raul da Ferrugem Azul" - Ana Maria Machado
"Restos de Arco-Íris" - Sérgio Capparelli
"Os Rios Morrem de Sede” - Wander Piroli
 "Sabedoria das Águas” - Daniel Munduruku
"Seis Vezes Lucas" - Lygia Bojunga
"O Sofá Estampado" -  Lygia Bojunga Nunes
"A Televisão da Bicharada" - Sidônio Muralha
"Todo Cuidado é Pouco!" - Roger Mello
"Viagem ao Céu" - Monteiro Lobato
"A Vida Íntima de Laura" - Clarice Lispector”
"A Vida e Outra Vida de Roberto do Diabo" - Ricardo Azevedo


Fontes:

https://www.semprefamilia.com.br/nove-classicos-da-literatura-infantil-que-toda-familia-deveria-ler/

http://educarparacrescer.abril.com.br/classico-infantil/

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u70169.shtml

MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro, Objetiva, 2002.

Fonte: ANDERSEN, Hans Christian. Contos de Hans Christian Andersen. São Paulo, Paulinas, 2011.

https://baudashistoriasepoemas.blogspot.com/2015/04/listas-de-classicos-de-literatura.html


Sugestão de livro



Com 52 narrativas de 33 países dos cinco continentes, essa coletânea inclui clássicos como "Chapeuzinho Vermelho" e histórias cuja difusão se restringiu a determinadas culturas, como "Soliday e o corvo", da Jamaica. Alguns contos pouco conhecidos no Brasil, como o tcheco "A raposa manca", assemelham-se a narrativas famosas, como "O Gato de Botas". Todas as histórias são complementadas por informações paralelas sobre sua origem, seu tema e seus símbolos, sobre locais e personagens relacionados com os protagonistas, sobre o país e a época em que teriam se desenrolado, etc. Desenhos, quadros famosos e fotografias compõem o material iconográfico e ajudam a dar a esse livro o caráter de uma "história das histórias". A pesquisa e a organização do volume são do inglês Neil Philip, especialista em mito e folclore na literatura infantil.Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1998, categoria tradução/criança



"O folclore, ou a cultura popular, é um dos modos de expressão que melhor refletem o pensamento, o sentimento e a atuação de um povo. Transmitido oralmente de geração a geração, ele ajuda a compor a memória da nação, e é a memória que nos dá consciência e auto-estima." Silvana Salerno inicia dessa maneira a apresentação de Viagem pelo Brasil em 52 histórias, volume que reúne lendas e contos populares tradicionais de nosso país. Antropólogos, etnógrafos, pesquisadores e folcloristas - como Herbert Baldus, Egon Schaden, Cláudio e Orlando Villas-Boas, Darci Ribeiro, João Ribeiro, Basílio de Magalhães, Afonso Arinos, Artur Ramos, Sílvio Romero e Mário de Andrade - serviram de inspiração para essas histórias que recobrem as cinco regiões do Brasil, montando um painel de nossa cultura popular. Cada narrativa é permeada de quadros explicativos ilustrados com fotos e desenhos que, nas laterais das páginas, informam sobre a geografia, a botânica, a zoologia, a história, a economia e a cultura do país. O número 52 foi escolhido para que o leitor tenha uma história nova para ler a cada semana, durante um ano inteiro, viajando do Amapá ao Rio Grande do Sul, percorrendo vilarejos e metrópoles, interior e capitais, praias, mata e sertão. São relatos variados - mistura representativa dos diversos povos que fizeram do Brasil um país plural e etnicamente multifacetado -, como "Cobra Norato", "A história do guaraná", "O romãozinho", "A Moura torta", "João Mata-Sete", "A Rainha do Mar", "O amigo-da-onça", "A lenda do mate", "O Negrinho do Pastoreio", a história de São Sepé, a de Zumbi, a de Lampião, a do padre Cícero, entre muitos e muitos outros.



Uma charmosa edição de bolso para acompanhar pais e filhos pelo resto da vida. Em um só volume encadernado, as mais famosas histórias infantis, em suas versões originais, sem adaptações, de Grimm, Perrault e Andersen, entre outros. Nesses contos de fadas, bruxas, princesas, encantamentos e finais felizes! O livro inclui:Cerca de 90 pinturas e desenhos, muitos deles raros, de ilustradores célebres como Gustave Doré; Biografia dos autores A versão impressa apresenta capa dura e acabamento de luxo.




Monteiro Lobato”, escreve Cornélio Pires, eminente etnógrafo da cultura e do dialeto caipiras da primeira metade do século XX, “é incontestavelmente um moço de muito talento e de magnífica organização literária. O seu estilo simples e claro atrai, prende, enleva e delicia”. Passados mais de 65 anos da morte do escritor, difícil não nos deliciarmos com as histórias reunidas neste Contos completos, que a Biblioteca Azul, da Globo Livros, acaba de lançar. O volume compila todos os contos de Urupês (1918), Cidades mortas (1919), Negrinha (1920) e O macaco que se fez homem (1923) e ainda traz um bônus que revitaliza as pesquisas sobre o autor no Brasil: uma vasta fortuna crítica que posiciona e transporta o leitor de hoje à atividade literária feita na época. Estão presentes contos clássicos como “Meu conto de Maupassant”, “Bucólica”, “Cavalinhos”, “As fitas da vida”, “O bom marido”, entre dezenas de outras histórias. A apresentação, assinada pela pesquisadora Beatriz Resende, reitera ao leitor de hoje, seja ele conhecedor ou não já da obra lobatiana, a relevância de ler os contos para compreender nosso país e conhecer a verdadeira história do modernismo no Brasil. Sem Urupês, primeiro livro de contos do autor, nossos artistas teriam tomado outros rumos nas fases seguintes do movimento. Foi o livro que deu as bases para os motores das vanguardas no país. Qualquer crítica social que se faça a Lobato se esvai quando notamos, na apreciação atenta de suas narrativas, que determinadas falas funcionam como um eco da sociedade de então, com seus preconceitos e suas amarras. Merece especial atenção o cuidado editorial do volume, totalmente ilustrado com imagens de acervo pessoal da família da Lobato. São fotos de momentos da vida íntima do autor, com a família, e que reportam também, ao passo que as histórias avançam cronologicamente quanto à data de publicação, a transformação do campo e das cidades. A fortuna crítica, ao fim do volume, foi selecionada a partir do precioso arquivo pessoal de Maria Pureza Natividade Monteiro Lobato, a dona Purezinha, esposa de Lobato, que, durante anos, recortava as notícias relacionadas ao marido e as colava num álbum. Conta com uma carta de Oswald de Andrade a Lobato, além de críticas de Lima Barreto, Agripino Grieco, José Lins do Rego, Caio Prado Júnior, entre outros. Referências que recuperam matérias, resenhas e artigos que foram escritos contemporaneamente à produção de Lobato.

2 comentários:

  1. esse blog me ajudou demais no projeto de educação no colegio objetivo zona norte sp, excelente abordagem que fizeram, parabéns!

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  2. Que bom Lorena, o objetivo do blog é auxiliar estudantes e profissionais da educação.

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